Diante do conceito Renova de adoção das melhores práticas de tecnologias sustentáveis
de produção mais limpa que estabelecem o consumo racional de insumos como água,
energia, vapor e produtos químicos nos processos de higienização da lavanderia é
que o projeto da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos se consolidou atendendo
amplamente as necessidades de suas partes interessadas tais como: clientes, sociedade,
fornecedores, acionistas e colaboradores.
Neste contexto, a preservação dos recursos hídricos e a necessidade do consumo racional
da água nas atividades diárias tornam-se fundamentais.
O complexo de tratamento de efluentes Líquidos da Renova foi projetado e construído
a partir de 2002 para atender a uma capacidade diária de tratamento de 400 m3 através
de uma premissa básica em que os efluentes gerados pelos processos de higienização
sejam tratados após priorizar-se o reuso interno destes.
A prática do reúso de efluentes além de otimizar os processos de produção na lavanderia
contribui para o reaproveitamento de mais de 40% da água tratada que deixa de ser
captada das reservas dos mananciais do Aquífero Guarani, com promoção da redução
dos impactos gerados.
Os efluentes gerados na Renova são separados na sua origem em três categorias distintas:
- Efluente sem óleo - originado pelos processos de higienização das toalhas contínuas
e toalhas de banho;
- Efluente com óleo – gerado através da higienização das toalhas industriais e EPIs
à base água;
- Efluente sanitário – gerado pelos vestiários e refeitório.
Para garantir a qualidade da água que chega ao rio, diferentes processos de tratamento
de efluentes são utilizados.
Entenda como isso acontece na Estação de Tratamento de Efluentes da Renova:
- O complexo de tratamento dos efluentes opera através dos processos físico-químico
e biológico.
- Os efluentes sem óleo gerados são
na higienização das toalhas industriais e dos EPIs à base água.
- Já os efluentes com óleo são enviados ao
constituído pelas seguintes etapas:
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- Separação prévia do óleo.
-
- Homogeneização de todas as cargas diárias dos efluentes gerados.
-
- Nesta etapa do processo, o efluente procedente da equalização das cargas recebe
a adição de produtos químicos que promovem a aglutinação das impurezas, formando
flocos facilmente removíveis.
-
- Na etapa da decantação, os flocos formados na floculação que são mais pesados
que o efluente se depositam no fundo do decantador.
-
- Desidratação e prensagem dos flocos decantados através de filtro-prensa.
A partir da etapa da filtração do lodo, o efluente clarificado pré-tratado é enviado
ao tratamento biológico juntamente com os efluentes sanitários gerados pela empresa.
O tratamento biológico é constituído das seguintes etapas:
-
- Mistura dos efluentes sanitários e o clarificado do pré-tratado.
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- Fornecimento de oxigênio para os organismos vivos do tratamento que promovem a
redução da cargas químicas do efluente através da formação de flocos de materiais
biodegradados.
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- Remoção dos contaminantes nitrogênio e fósforo do efluente.
-
- Nesta etapa, os flocos formados na floculação durante a etapa de aeração se depositam
no fundo do decantador. O lodo formado decantado retorna para a etapa 1 de anoxidação
e o efluente tratado é enviado para o rio atingindo padrões de atendimento exigidos
pelos organismos ambientais.
-
- Reúso parcial do efluente tratado nos vasos sanitários.
Buscando conscientizar clientes, colaboradores e comunidade, a
criou a Cartilha do Meio Ambiente, documento que faz parte de um Programa Ambiental
que visa distribuir anualmente e ressaltar a importância da Redução do Impacto Ambiental
por meio da utilização de produtos higienizados junto a comunidades e públicos específicos.
Um dos destaques deste Programa é o processo de higienização de toalhas contínuas.
Desde que foi disponibilizado ao mercado, em 1997, este procedimento eliminou o
consumo de 900 toneladas de papel/ano, substituídas pelo uso de toalhas contínuas,
evitando, assim, o corte de mais de 234 mil árvores.
Desde 2006 a Renova utiliza um sistema de geração de vapor alimentado a lenha, em
substituição ao óleo combustível.
O óleo combustível é derivado do petróleo, um recurso natural não renovável enquanto
toda a lenha utilizada provem de área de reflorestamento devidamente autorizado
pelo Orgão Ambiental. A utilização de lenha também reduz a emissão de gases na atmosfera.
A Renova prioriza o consumo sustentável de água no processo de higienização dos
materiais têxteis desde o inicio dos anos 2000, promovendo a reutilização interna
de seus efluentes industriais, reduzindo o impacto ambiental proveniente da utilização
da água nobre. Atualmente, 40% dos efluentes são reaproveitados no processo industrial.
Para reduzir o consumo de energia elétrica, a Renova, instalou inversores de freqüência
nas maquinas, trocou as telhas normais por telhas translúcidas e substitui as lâmpadas
fluorescentes por lâmpadas de vapor metálico.
Os inversores de freqüência reduzem o pico de energia elétrica, pois energizam as
maquinas de forma constante e gradativa.
As telhas translúcidas permitem que durante o dia as lâmpadas de vapor metálico,
que consomem menos energia e não possuem mercúrio, permaneçam desligadas.
A coleta seletiva é praticada na Renova desde 1998, o que nos permite reciclar 50%
de todo o resíduo solido gerado.
Os resíduos de plástico, papel e metal são reciclados, o resíduo de óleo gerado
pela ETE é re-refinado e todo o resíduo têxtil é encaminhado ao projeto Envolva-se.
O material não reciclado é enviado a aterros licenciados pelos órgãos ambientais
competentes.